No Brasil, a cobertura jornalística é rasa e baseada em entretenimento.
A cobertura esportiva, no Brasil, não procura aprofundar em temas diversos, mantendo-se basicamente no relato de eventos, como jogos e campeonatos. Sendo assim, há uma falta de temas relevantes no meio esportivo.
Além da falta relevância de temas importantes para a sociedade no esporte, parte dos programas televisivos consideram o esporte apenas como entretenimento: os gols acabam não sendo os atos mais relevantes do jogo, mas as falhas e a rivalidade ganham destaque.
O esporte visto como espetáculo prejudica tanto a cobertura jornalística, que fica rasa, como a performance dos atletas, que ficam pressionados em cumprir seus objetivos e não sofrer retaliações. Exemplos disso são os casos do Sidão, ex-goleiro do Vasco e do Muralha, ex-jogador do Flamengo.
Sidão, que não havia defendido diversos gols em uma partida, ganhou um prêmio de melhor jogador, devido uma brincadeira na internet. O prêmio não foi levado a sério pelos internautas e foi desrespeitoso, mas os jornalistas continuaram com a premiação e isso contribuiu negativamente para a cobertura esportiva no Brasil.
Já o jornal Extra, criticou o goleiro Muralha e afirmou que ele não seria mais chamado por esse apelido por conta da sua performance em campo. O editorial teve uma cobertura maldosa e agressiva com o jogador, não contribuindo positivamente na sua trajetória.
Enquanto a rivalidade e as falhas dos atletas continuarem sendo manchetes, o jornalismo esportivo no Brasil será sempre confundido como puro entretenimento, sem caráter jornalístico e baseado em opiniões e fanatismo.
Texto por: Beatriz Sanches, Leticia Gregório e Rafaela Ponchirolli
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